A Responsabilidade é Minha: O Poder de Assumir o Controle
Assumir a responsabilidade por suas ações é um princípio transformador. Independentemente da sua posição hierárquica, essa atitude tem o poder de impulsionar sua produtividade, seu crescimento profissional e sua autonomia. Agora, imagine outro cenário: e se, em vez de culpar os outros, você assumisse a responsabilidade? Esse simples ajuste de mentalidade pode transformar sua carreira.
DIRETRIZES
Adelir R. Junior
3/6/20253 min read
É comum atribuirmos falhas a terceiros ou às circunstâncias. No entanto, essa postura alimenta um ciclo de ineficiência difícil de ser rompido. Ao contrário, quando você se apropria da responsabilidade por tudo aquilo que envolve sua atuação — inclusive pelas falhas —, sua perspectiva muda. Em vez de esperar por soluções externas, você adota uma abordagem proativa, abrindo caminho para resultados mais eficazes.
A pergunta-chave a se fazer é:
"Agora que reconheço minha responsabilidade, o que posso fazer para resolver?"
Esse questionamento o coloca no controle da situação. E quem assume o controle, amplia sua capacidade de enxergar novas possibilidades e agir com mais independência e clareza.
Como Resolver um Problema de Performance?
Se você não ocupa um cargo de gestão e sente que não tem autonomia suficiente para mudar um cenário negativo, siga este passo a passo. Ele representa o mínimo necessário para que qualquer função, em qualquer setor, se torne mais produtiva:
1. Organize seu ambiente
Comece organizando seu espaço de trabalho. Um ambiente desorganizado reflete e reforça a desordem mental e operacional. Já um ambiente limpo, funcional e bem estruturado fortalece sua sensação de domínio sobre as ferramentas e sobre o próprio tempo.
2. Domine suas ferramentas
Você conhece e utiliza corretamente os recursos do seu trabalho? Se a resposta for "não", é hora de aprender. Dominar as ferramentas certas torna a rotina mais eficiente e confortável.
Um carpinteiro precisa saber usar o martelo e o serrote. Um pintor, o pincel. Um açougueiro, a faca de desossa.
Parece óbvio, mas diariamente vemos empresas cometendo erros semelhantes:
— Contratam atendentes que utilizam o computador, mas que não dominam o básico da informática;
— Contratam vendedores e operadores de telemarketing que não sabem escrever com clareza e boa ortografia.
Capacite-se. Entenda o conceito de hard skills (habilidades técnicas) e soft skills (habilidades comportamentais e sociais). Isso abrirá sua mente e elevará sua performance de forma leve e contínua.
3. Busque feedback
Converse com seu líder e solicite uma avaliação honesta sobre o seu desempenho. Descubra o que a empresa espera de você, identifique os pontos de melhoria e peça orientações para evoluir.
Mas não pare por aí: continue estudando, testando e aprimorando suas técnicas. Profissionais que buscam feedback constante crescem mais rápido — e de maneira mais estruturada.
Esses três passos funcionam porque representam a base. Não adianta ser um excelente vendedor se você não cuida da sua apresentação pessoal, se escreve com erros graves ou se não domina os sistemas que utiliza. Da mesma forma, bater suas metas individuais sem contribuir com o time pode prejudicar os resultados da equipe e, consequentemente, da empresa.
Se Você é Líder, Responsabilidade Não é Uma Escolha – É Um Dever
Para quem ocupa uma posição de liderança, assumir a responsabilidade não é apenas desejável — é obrigatório. O líder deve ser o primeiro a praticar e disseminar essa mentalidade entre seus liderados.
Além disso, o líder também deve buscar feedback: tanto de seus superiores quanto de seus pares e subordinados. E mais: precisa investir continuamente em desenvolvimento pessoal e profissional, incluindo mentorias, leitura técnica e capacitação em gestão de pessoas.
Se você está no topo da hierarquia, não pode culpar sua equipe pelos problemas. Tudo o que acontece abaixo de você é consequência direta das suas decisões, permissões ou omissões. Funcionários não se autogerenciam — eles reagem ao modelo e à cultura que você estabelece.
Logo, a responsabilidade final será sempre sua.
Mas atenção: assumir a culpa não é se punir — é se posicionar no centro do controle.
Quem assume a responsabilidade, assume o poder.
E quem assume o poder, molda os resultados.